31.12.07

it's britney bitch















pára tudo. preciso disso e é agora.
fechô de badoque²!
não vivo mais enquanto não tiver uma igual beijos.

ps: é sério.

27.12.07

fechô de badoque.

comprei.
tudo.


eu disse tudo.

também encontrei, abracei e rimos. muito.

21.12.07



um sonho e algo mais

ontem sonhei com ele.
como se não bastasse passar o dia sonhando acordado, agora ele também vai povoar meus sonhos, me deixando, mais ainda, na vontade?
eu bem sei que muita gente prefere os brancos, mas eu até que não. nunca me atraíram até então.
até então.
porque agora eu só idealizo ele todo branquinho. a minha cara, feito pra mim, me chamando pelo nome. e no sonho o danado era negro. mas eu o aceitava daquele jeito mesmo, afinal, era só meu. podem falar que a gente não combina, que somos incompatíveis, que ele é difícil de se adaptar, que vou usa-lo, cansar e jogar fora. mas é o que eu quero pra mim, é o que eu mais tenho desejado ultimamente e eu sei que serei uma pessoa mais feliz, mais completa ao seu lado.
no sonho, era preto com as laterais de um laranja fluorescente.
benditos/malditos óculos.

é, não fui atrás deles ainda e meu consumismo me consome loucamente.

eu poderia escrever aqui sobre amigos, reencontros e sentimentos com o tempo
ou poderia ainda desabafar sobre o fato de eu parecer uma pessoa perigosa, rude e antipática, mas que não revida quando recebe ofensas e agressões sem causa. o que tem acontecido com frequencia ultimamente.

um dia, quem sabe.

por enquanto me questiono: serei eu um infamão (aumentativo de infame) ou terei eu muita, mas muita classe?

19.12.07

meu irmãozinho shrek

a minha árvore genealógica é um pouco complexa. os mais chegados sabem.
no geral, eu posso ter quatro irmãos. posso ser o do meio, o mais novo e o mais velho.
mas, sem delongas, nesse post eu queria mesmo falar sobre o meu único irmão (as meninas terão seus respectivos espaços posteriormente, lógico)

assim, eu nunca vi pessoas tão opostas, tão incompatíveis em toda minha viva vidinha. é uma coisa... latente. (pra ter uma rápida e básica noção ele ouve timbalada, gosta de patusco e toca no d' brek) mas nem por isso nós nos odiamos para sempre. a gente consegue levar numa boa essa relação distoante - vale ressaltar que isso se dá apenas pelo fato de não convivermos diariamente -
eu sei que esse discurso de que "na minha época as coisas eram diferentes" e "na sua idade eu já me sustentava" parece ser uma coisa inerente de gente mais velha. mas agora chegou a minha vez, dá licença? o menino tem doze anos mas eu o vejo como uma criança de, no máximo, sete. quando eu tinha doze anos eu não precisava que ninguém me mandasse lavar as mãos antes de comer e escovar os dentes depois. naquela época eu já voltava de ônibus sozinho do colégio, já pensasse?

o fato é que a criatura está de férias e aqui, no prédio da frente, tem outras criaturinhas para ele brincar, correr, pular, se jogar. êlêlê.
é, veio passar uns dias aqui, sob minha responsabilidade, chatisse e castração. mas vale a pena, já que ele passa a maior parte do dia lá, no prédio da frente. só vem aqui para dormir, tomar banho e comer.
comer. se tem uma coisa que me irrita, me agonia, me angustia, me sei lá, é o barulho de gente comendo. você pode ser discreto, educado, delicado e derivados, mas se estivermos a sós, já viu.
ele é um caso a parte. desde que nasceu, eu e meu senso crítico devastador, logo notamos um potencial de... monstrinho.

hoje acordei especialmente para almoçar com ele (veja como eu sou um ótimo irmão) e, à mesa, depois de muito tentar me controlar, sucedeu-se o seguinte diálogo:

eu: por que tu é assim, hein?
ele: o que foi? eu tô comendo assim porque meu aparelho tá apertado e tá doendo.
eu: não justifica. você já comia assim antes mesmo de usar aparelho. nunca mais me sento à mesa com você, isso é uma promessa. só quando você for adulto e se for educado. mas daqui pra lá você ainda vai passar muita vergonha.
ele: eu não como assim fora de casa.
eu: então coma como se estivesse comendo fora sempre.
ele: tu só quer ser o chic.
eu: ¬¬
ele: pelo menos eu sou feliz.

claro que a conversa poderia ter terminado aí e claro que eu não ia deixar.

eu: é possível ser feliz e educado ao mesmo tempo.

quem disse que eu não sou feliz? eu mesmo não disse!
amanhã, ó. eu vou lá no centro, sozinho, procurar meus óculos tão desejados (sim, já são outros!), uns tecidos xadrezes (xadrezes?) e depois ainda vou ao shopping (não o do centro, lógico)! quem sabe não sacio esse consumismo compulsivo e garanto minha felicidade até, pelo menos, o ano que vem?
tô um caso sério. até mencionei isso na psy (apelido carinhoso da minha psicóloga), mas ela acha que eu só estou cada vez mais em busca de novidades e entretenimento.
pobre louca.

12.12.07

quarta cor de chuva

há coisas na vida que devem ser colocadas em primeiro plano. questões burocráticas e financeiras, por exemplo. deveriam ser.
ah, bem. eu disse "deveriam". hoje deus foi testemunha que eu tentei, mas minha mãe é boca de praga. vive dizendo que eu esqueço ou vou esquecer de levar os documentos necessários. aconteceu.
aí a gente parte feliz pro plano A, afinal, a ordem dos fatores mimimi mimimi.
e vai faltando um pedaço mesmo, porque cinema às 16h30 numa quarta-feira não é pra qualquer um.
minha compainha, a melhor. à minha espera, já com os ingressos comprados. recompenso emprestando meu casaco durante o filme. minha poltrona estremece. sim, foram duas horas divagando sobre a vida e seus acasos e convulsionando de frio.
ah, mais ainda teve aquela COISA, né? que a gente achou que nunca mais veria na viva vidinha, porque aquilo não é Coisa banal pra ser vista todo dia. é tudo que a gente quer ser e quer pra si. ai ai. suspiros à parte

- vamos para casa?
- quer comer alguma coisa?
- quero, mas não posso.
- lá em casa tem três fatias de pizza de ontem.
- já é certo.

marguerita, gorgonzola, quase-portuguesa e amy winehouse.
para sobremesa, chocolateria. torta de chocolate pra ela, chocolate gelado pra mim. tá, eu sei que quente é mais chic, mas aqui em recife não tem clima, oi?
pausa para entender a mecânica das luzes multicoloridas que decoram a praça para o natal. na volta, aquele lugar chama a atenção novamente. vermelho ele. todo.

- sim, finalmente... tu sabe o que é aquilo?
- não, vamos ver?
- vamos.

gente, que coisa tão linda, tão fofa, tão, tão intimista mesmo (porque é a minha cara). é muito bom gosto pra pouco metro quadrado. a gente começou dando uma olhadinha no cardápio. bom. subimos para os vinhos. o dono estava lá e foi o nosso anfitrião. descemos e só ficou faltando ele nos mostrar os banheiros. chega o outro sócio e ele diz: "eles são acessores de imprensa".
OI?
na mesma hora a gente se olha com aquele olhar de "oi???" e faz carão, óbvio. afinal, eramos acessores de imprensa. depois disso você já pode nos imaginar sentados numa mesa, sendo servidos com espumante (de cortesia, lógico).
pior que eu, com uma moda super street summer, dando dois golinhos morrendo de medo afinal, em minhas condições, bebida alcoólica, minha gente, é caixão na ho-ra.
a volta é aquele momento que a gente comenta tudo que não deu pra comentar antes. é a hora que a gente ri de tudo, faz um balanço geral e percebe que tem mais uma história pra contar.
voltamos caminhando e tomando banho de chuva.

ah, e o filme? medíocre.
mas ontem, esses quatro aí em baixo conseguiram um feito que há muito não acontecia.
fizeram o dinheiro do ingresso valer muito a pena.

11.12.07

love is a losing game

um encontro ao acaso. um hall de aeroporto, um lugar em trânsito.
mais velhos, mais sérios, mais experientes, mas diferentes. falam-se com indiferença, deixando claro o espaço entre ambos. mais de uma década e uma distância suficiente para cochicharem, se quisessem. os olhos não olham nos olhos. correm, tentando ser discretos, pelas bocas secas, cabelos arrumadamente despenteados, unhas bem cortadas e as roupas. sóbrias e discretas. uma das malas não. era grande e vermelha. toda.
em poucos segundos, logo vem a fome de jogar, de despejar tudo em cima do outro como se pudessem recuperar todo o tempo perdido desde aquele último abraço. falam superficialmente, o bastante para que tudo fique profundamente visível. apesar de todos os casos e acasos, ele estava certo. aquela história de primeiro amor nunca existiu, pois só existe um amor. o único. foi ali que eles re-confirmaram tudo. foi ali que a conversa acabou. não havia mais nada para se saber. aquela era a última chamada e o embarque, imediato. despediram-se da mesma forma que se cumprimentaram. fingidos. ambos. ambos sabiam. foi-se embora deixando e levando ímpetos partidos. nunca mais mas, para sempre.

7.12.07

subindo pelas paredes

coisa mais linda de se ouvir.

6.12.07

pessoas que fazem o que gostam

Numa sala de Rádio e Tv, dois alunos dialogam.

A: Meu filho, tem noção não. Minha placa de som queimou e meu mp3 também. No-mesmo-dia. Estou sem música na minha vida, estou sem-vida.
B: E agora? O_O
A: Tô tendo que escutar rádio no celular, tu crê?
B: Porra. Rádio é foda.
A: Rádio é fo-da.

3.12.07

hoje eu quis ser normal

tem dias que você já acorda abusado.
tá, todo dia pra mim é assim, mas hoje foi mais.
primeiro porque domingo.
segundo que eu acordei às 15h sozinho. ou seja: ninguém me ligou e acordou antes.
adoro fuleiragem.
ligações (in)esperadas e as perspectivas mudam.
o filme que eu mais queria ver era o menos querido por todos, óbvio.
mas piaf eu também muito que topava.
o caminho todinho de "o que foi?" e "o que é que tu tens?"
- uma alergiazinha, minha gente. snif.
chegando lá, lembro que o mundo conspira para que eu não veja esse filme e é lógico que não vi de novo. e se antes as pessoas estavam me achando triste mesmo sem eu estar, naquele momento eu, de fato, fiquei.
plano B de Bernal e Babenco. Bom.
na espera, os questionamentos e cogitações do porquê do meu abuso, né?
tem gente que não se conforma.
- rafael, que tênis¹ é esse? nunca te vi usando isso O_o
- é, hoje deu vontade de ser normal...
na volta, todo mundo constatou meu distúrbio bipolar. até eu.
anormalidades, piadas infames, dúbias e internas causam dores no maxilar e o saldo disso tudo é muito positivo. sempre.


__________________________
¹ aquele preto com detalhe cinza que parece um tijolinho.