a minha árvore genealógica é um pouco complexa. os mais chegados sabem.
no geral, eu posso ter quatro irmãos. posso ser o do meio, o mais novo e o mais velho.
mas, sem delongas, nesse post eu queria mesmo falar sobre o meu único irmão (as meninas terão seus respectivos espaços posteriormente, lógico)
assim, eu nunca vi pessoas tão opostas, tão incompatíveis em toda minha viva vidinha. é uma coisa... latente. (pra ter uma rápida e básica noção ele ouve timbalada, gosta de patusco e toca no d' brek) mas nem por isso nós nos odiamos para sempre. a gente consegue levar numa boa essa relação distoante - vale ressaltar que isso se dá apenas pelo fato de não convivermos diariamente -
eu sei que esse discurso de que "na minha época as coisas eram diferentes" e "na sua idade eu já me sustentava" parece ser uma coisa inerente de gente mais velha. mas agora chegou a minha vez, dá licença? o menino tem doze anos mas eu o vejo como uma criança de, no máximo, sete. quando eu tinha doze anos eu não precisava que ninguém me mandasse lavar as mãos antes de comer e escovar os dentes depois. naquela época eu já voltava de ônibus sozinho do colégio, já pensasse?
o fato é que a criatura está de férias e aqui, no prédio da frente, tem outras criaturinhas para ele brincar, correr, pular, se jogar. êlêlê.
é, veio passar uns dias aqui, sob minha responsabilidade, chatisse e castração. mas vale a pena, já que ele passa a maior parte do dia lá, no prédio da frente. só vem aqui para dormir, tomar banho e comer.
comer. se tem uma coisa que me irrita, me agonia, me angustia, me sei lá, é o barulho de gente comendo. você pode ser discreto, educado, delicado e derivados, mas se estivermos a sós, já viu.
assim, eu nunca vi pessoas tão opostas, tão incompatíveis em toda minha viva vidinha. é uma coisa... latente. (pra ter uma rápida e básica noção ele ouve timbalada, gosta de patusco e toca no d' brek) mas nem por isso nós nos odiamos para sempre. a gente consegue levar numa boa essa relação distoante - vale ressaltar que isso se dá apenas pelo fato de não convivermos diariamente -
eu sei que esse discurso de que "na minha época as coisas eram diferentes" e "na sua idade eu já me sustentava" parece ser uma coisa inerente de gente mais velha. mas agora chegou a minha vez, dá licença? o menino tem doze anos mas eu o vejo como uma criança de, no máximo, sete. quando eu tinha doze anos eu não precisava que ninguém me mandasse lavar as mãos antes de comer e escovar os dentes depois. naquela época eu já voltava de ônibus sozinho do colégio, já pensasse?
o fato é que a criatura está de férias e aqui, no prédio da frente, tem outras criaturinhas para ele brincar, correr, pular, se jogar. êlêlê.
é, veio passar uns dias aqui, sob minha responsabilidade, chatisse e castração. mas vale a pena, já que ele passa a maior parte do dia lá, no prédio da frente. só vem aqui para dormir, tomar banho e comer.
comer. se tem uma coisa que me irrita, me agonia, me angustia, me sei lá, é o barulho de gente comendo. você pode ser discreto, educado, delicado e derivados, mas se estivermos a sós, já viu.
ele é um caso a parte. desde que nasceu, eu e meu senso crítico devastador, logo notamos um potencial de... monstrinho.
hoje acordei especialmente para almoçar com ele (veja como eu sou um ótimo irmão) e, à mesa, depois de muito tentar me controlar, sucedeu-se o seguinte diálogo:
eu: por que tu é assim, hein?
ele: o que foi? eu tô comendo assim porque meu aparelho tá apertado e tá doendo.
eu: não justifica. você já comia assim antes mesmo de usar aparelho. nunca mais me sento à mesa com você, isso é uma promessa. só quando você for adulto e se for educado. mas daqui pra lá você ainda vai passar muita vergonha.
ele: eu não como assim fora de casa.
eu: então coma como se estivesse comendo fora sempre.
ele: tu só quer ser o chic.
eu: ¬¬
ele: pelo menos eu sou feliz.
claro que a conversa poderia ter terminado aí e claro que eu não ia deixar.
eu: é possível ser feliz e educado ao mesmo tempo.
quem disse que eu não sou feliz? eu mesmo não disse!
amanhã, ó. eu vou lá no centro, sozinho, procurar meus óculos tão desejados (sim, já são outros!), uns tecidos xadrezes (xadrezes?) e depois ainda vou ao shopping (não o do centro, lógico)! quem sabe não sacio esse consumismo compulsivo e garanto minha felicidade até, pelo menos, o ano que vem?
hoje acordei especialmente para almoçar com ele (veja como eu sou um ótimo irmão) e, à mesa, depois de muito tentar me controlar, sucedeu-se o seguinte diálogo:
eu: por que tu é assim, hein?
ele: o que foi? eu tô comendo assim porque meu aparelho tá apertado e tá doendo.
eu: não justifica. você já comia assim antes mesmo de usar aparelho. nunca mais me sento à mesa com você, isso é uma promessa. só quando você for adulto e se for educado. mas daqui pra lá você ainda vai passar muita vergonha.
ele: eu não como assim fora de casa.
eu: então coma como se estivesse comendo fora sempre.
ele: tu só quer ser o chic.
eu: ¬¬
ele: pelo menos eu sou feliz.
claro que a conversa poderia ter terminado aí e claro que eu não ia deixar.
eu: é possível ser feliz e educado ao mesmo tempo.
quem disse que eu não sou feliz? eu mesmo não disse!
amanhã, ó. eu vou lá no centro, sozinho, procurar meus óculos tão desejados (sim, já são outros!), uns tecidos xadrezes (xadrezes?) e depois ainda vou ao shopping (não o do centro, lógico)! quem sabe não sacio esse consumismo compulsivo e garanto minha felicidade até, pelo menos, o ano que vem?
tô um caso sério. até mencionei isso na psy (apelido carinhoso da minha psicóloga), mas ela acha que eu só estou cada vez mais em busca de novidades e entretenimento.
pobre louca.
pobre louca.
Um comentário:
Tu só quer ser o chic.
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