11.3.08

o sapo e o escorpião

Um escorpião encontrava-se à beira de um rio e desejava atravessá-lo para chegar à outra margem. Avistou um sapo que se preparava para o trajeto e aproximou-se com cautela para lhe fazer um pedido.

- Te carregar até a outra margem? Não sou tolo. Sei que vais me picar e eu morrerei com teu veneno.
- Mas isso não faz sentido. Eu não sei nadar, preciso de você para chegar ao outro lado. É do meu interesse que você viva, caso contrário, morreríamos os dois.

Rendendo-se aos argumentos coerentes do escorpião, o sapo resolve ceder e deixa que ele suba em suas costas durante o percurso.
Pouco depois da metade do trajeto o sapo sente uma picada brusca e o veneno percorrendo rapidamente seu corpo, paralizando-lhe os membros.
Ao se ver afundando o sapo reune todas as suas forças para tentar descobrir o porquê.

- Por que? Por que fizeste isso? Agora ambos vamos morrer! Lamentou o sapo para o escorpião que também já era engolido pela água.
- Eu sei. Desculpe, mas faz parte da minha natureza.

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